quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MATÉRIA: E-BOOKS - UMA POSSÍVEL SAÍDA PARA ESCRITORES INDEPENDENTES


Não é nenhuma novidade que, em ritmo acelerado, os livros digitais estão, cada vez mais, tomando conta do mercado. E esta pode ser uma boa notícia para escritores independentes. Como a procura por um contrato com uma editora de peso têm se tornado algo distinto por conta da gigantesca quantidade de interessados, a publicação independente se mostra uma instigante opção. E o mercado de E-books está apostando nessa opção, podendo este ser um atalho para o tão sonhado reconhecimento.
Alguns autores já são mundialmente conhecidos como Nyree Belleville, que ganhou meio milhão de dólares nos últimos 18 meses, vendendo diretamente seus livros digitais, em vez de usar uma editora.
Mas também há estreantes como Eve Yohalem. Um mês depois de publicar por conta própria seu primeiro livro, a mina só conseguiu faturar US$ 100,00 – depois de gastar US$ 3.400,00 com despesas de publicação. De qualquer forma, ela afirma não ter pressa.
A publicação independente existe há muito tempo. Mas graças á tecnologia digital e o nascimento dos livros eletrônicos, o número de lançamentos de títulos independentes subiu quase 160% em comparação ao ano passado. Cálculos fornecidos pela R.R. Bowker, que monitora o segmento editorial. Empresas como a Amazon, chegam a oferecer até 70% da receita gerada pela venda dos livros digitais aos seus autores independentes. É um prato cheio se compararmos com as editoras tradicionais que pagam menos de 20% da receita líquida no segmento impresso.
Quer um exemplo? A autora Nyree Belleville, citada acima, é uma escritora já experiente em literatura romântica, que passou sete anos usando o pseudônimo “Bella Andre”, publicou por conta própria seu primeiro E-book em abril de 2010. Desde então, ela já conseguiu vender em torno de 265.000 cópias entre dez publicações digitais independentes. Com a variação do preço de cada E-book entre US$ 2,99 e US$ 5,99, a escritora já faturou mais de US$ 500.00,00.
Outro exemplo de sucesso ocorreu com a despretensiosa Darcie Chan, escritora voltada para o público feminino, que assistiu a ascensão de seu livro, “The Mill River Recluse” – sem tradução para o português, chegar ao quinto lugar da lista do The Wall Street Journal, dos mais vendidos em formato digital neste mês de Outubro. O livro de Chan custa meros US$ 0,99 por cópia digital. Seu livro, hoje vendido por diversos varejistas na Internet, havia sido rejeitado por algumas das maiores editoras americanas.
“Minha intenção era divulgar gradualmente meu nome como escritora, porque quando meu livro era rejeitado, a coisa que mais ouvia era que ninguém me conhecia. Jamais esperava que isso fosse acontecer”. Diz Chan.
É claro que estes são exemplo de dois surpreendentes sucessos alavancados pela indústria digital. O que não significa que qualquer trabalho neste sentido poderá vir a ser um sucesso absoluto ou mesmo certeza de lucros. Mas a dúvida que realmente intriga os pretendentes á escritor independente é quanto à publicação e os custos. Sem falar que conseguir a atenção dos leitores (principalmente por aqui, onde menos de 35% da população é consumidora de cultura) já é um enorme desafio. E nisso os E-books também possuem uma vantagem, pois eles podem ficar disponíveis em sites de vendas indefinidamente. Enquanto que um livro impresso, após seu lançamento, não fica por mais que seis meses nas prateleiras das livrarias. Depois disso seu ciclo de vendas se encerra. Enquanto com os E-books é o contrário. Geralmente levam de seis a nove meses para decolarem nas vendas e você ainda tem a vantagem de nunca deixar de vendê-lo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MATÉRIA: COMO FAZÍAMOS SEM LIVROS?


A escrita surgiu na mesopotâmia, criada pelos sumérios em 3000 a.C., mas a base para receber as letrinhas tal como conhecemos hoje tardou 4.5 mil anos a aparecer. Se você se encanta com o iPad e outros tablets, saiba que tabletes foram os primeiros suportes de textos. Eram de argila, pouco maiores que uma mão, e serviam de base para a escrita cuneiforme (em forma de cunha), feita com estiletes. Acarretavam dois problemas: eram difíceis de transportar e armazenar.
Os egípcios deram um passo adiante ao usar o papiro (foto acima), retirado de uma planta do rio Nilo. O que eles chamavam de livros, eram rolos presos a hastes de madeira. Foi com um acervo de papiro que surgiu a maior biblioteca da antiguidade, em Alexandria, fundado por Ptolomeu I (305-283a.C.). Os números destoam, mas ela guardaria algo entre 400 mil e 700 mil volumes.  Quando pegou fogo, no século 1 a.C., quase todo o conhecimento do mundo antigo virou cinza.
Na idade média, a tarefa de preservar os antigos livros ficou a cargo dos monges, especialmente dos beneditinos. Eles usavam couro de animais, o pergaminho – a técnica nasceu na idade de Pérgamo, hoje Bergama, na atual Turquia. Como eram caros, os monges raspavam pergaminhos para usa-los novamente, o que é conhecido como palimpsesto. Os religiosos criavam pouco. Na verdade, o trabalho dos copistas era reproduzir obras antigas. E não havia circulação. Quem quisesse ter acesso aos textos precisava perambular por monastérios. O volume de livros da humanidade á época de Dante Alighieri (1265-1321) poderia ser lido por uma pessoa ao longo de sua vida.
No renascimento, com o surgimento das primeiras universidades, a demanda por livros cresceu. Os primeiros, impressos com os tipos moveis, desenvolvidos pelo alemão Johannes Gutemberg em 1450, imitavam os pergaminhos. O livro, uma invenção que segue atual mais de 500 anos depois por causa do baixo custo e da portabilidade, ajudou a criar as línguas nacionais, popularizou a escrita, e segue mais ou menos com a mesma cara até hoje. Quem sabe quando eles darão lugar, definitivamente, aos tablets, ou tabletes?
“Eu, particularmente, espero que nem tão cedo...”.

(Fonte: Revista Aventura na História)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PREVISIVELMENTE IRRACIONAL


Durante minha infância, sempre entendi os almoços de domingo em família como um verdadeiro tormento. Eu explico: é que minha mãe era o tipo de mulher que gostava de tomar um cuidado excessivo com as aparências sociais, sendo assim, era ela quem sempre fazia meu prato. E numa mesa enormemente farta, eu tinha que me contentar com um ou dois míseros pedacinhos de carne, enquanto ao meu redor, todos se esbaldavam. Somente uma única vez eu me atrevi a reclamar, e o resultado foi um interminável sermão por parte dela, cheio de ameaças. Acostumei-me tanto com esse hábito, que nos atuais dias, mesmo sem minha velha por perto, lá estou eu nos almoços de domingo, tentando manter a boa aparência pegando só um pedacinho. Quando o que eu realmente queria era pegar o bife maior. E não tem jeito. Hoje eu faço isso inconscientemente.
Este exemplo mostra um pouco do que este livro oferece: que todas as nossas decisões, mesmo aquelas que são milimetricamente calculadas, são contaminadas por sentimentos ou influências que quase nunca percebemos. E que acabam estragando o trabalho da razão.
O autor Dan Ariely, professor de economia comportamental da Universidade Duke e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos conta ao longo de 220 páginas que, sem perceber, deixamos de usar a razão frequentemente. Segundo ele, isso acontece porque nossas decisões são guiadas por fatores que passam despercebidos pelo cérebro quando estamos prestes á calcular o nosso próximo passo. Mesmo aqueles mais simples, como no meu caso, o de simplesmente pegar um pedaço maior de carne, conforme minha verdadeira vontade.
A notícia boa é que é possível estimular-nos á ver a realidade de uma forma distorcida, fazendo com que deixemos nossos olhos do hábito de lado, para usarmos os olhos da razão. Ariely nos dá um exemplo: segundo ele, sentimos que estamos sempre tomando decisões, mas, na verdade, estamos repetindo a mesma decisão várias vezes. E nem sempre pesamos os prós e os contras na hora de escolher. Apenas concluímos que, se já agimos assim antes, nossa decisão anterior deve ter sido a mais razoável. Se comprarmos um carro grande, é provável que continuemos comprando.
Previsivelmente Irracional é um ótimo livro, abordando um tema que envolve á todos nós... vale a pena.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

RESENHA DE LIVRO - MADONNA – 50 ANOS



Para começar a falar desse livro, preciso fazer uma confissão: nunca me interessei por Madonna ou pelo seu trabalho (para não ser completamente radical, eu gosto da canção "Frozen"). Eu só comprei o seu livro porque estava na seção promocional, há um preço baixo demais pra se recusar. Contudo, a biografia de uma mulher que começou do nada, e hoje é dona de uma fortuna avaliada em mais de 600 milhões de dólares; e que vendeu mais de 200 milhões de discos pelo mundo, é no mínimo curioso.
Cheio de desconfiança, e até com uma dose de má vontade, comecei a ler. E, pasmem! Para minha total surpresa, a contradição veio logo nas primeiras páginas. MADONNA – 50 ANOS, é um livro ótimo! A autora Lucy O’brien conta toda a trajetória da polêmica cantora, desde a infância até sua quinta década de vida, de forma segura e agradável. O texto desenvolve-se com uma facilidade que não se vê em qualquer autor. Em determinados momentos você começa até a gostar e entender Madonna. Em outros, você odeia e á acha uma louca. Isso caracteriza a habilidade da autora em interpretar o personagem, o que nos faz viver através de 512 páginas, um pouco do que foi a vida de muito trabalho, dedicação e controvérsia, da maior cantora pop da humanidade.
O ponto fraco do livro são os intermináveis relatos e estória á cerca da trabalheira que foi produzir cada disco da cantora. Em minha opinião, isso deixou algumas partes do texto um pouco "chatinhas" por conta de muitos termos e comentários técnicos dos envolvidos na produção (é claro que os fãs devem ter achado até isso muito legal. Quanto a mim, estava lendo a biografia de uma cantora, nada mais justo do que encontrar muito material sobre como foi preparar cada álbum. Uma vez que, Madonna parece ter passado a maior parte de sua vida dentro de estúdios de gravação).
E pra terminar esta resenha, eu o faço da mesma maneira que comecei: com outra confissão: ler MADONNA – 50 ANOS, me deixou no auge do sentimento de prazer na leitura, e com aquele gostinho de “quero mais”.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

NOVO ALBUM DO MEGADETH


Depois do ótimo Endgame, de 2009, os caras do Megadeth estão de volta. E Dave Mustaine repete a dose com este TH1RT3EN, outro trabalho fodástico!!
É claro que não sou a melhor pessoa para opinar sobre a banda, uma vez que, minha condição de admirador do trabalho deles, deixa minha analise comprometida. Mas...
Aqui neste álbum, ganhamos uma avalanche de guitarras aliando riffs e solos perfeitos, deixando pra trás de uma vez os comentários maldosos de alguns idiotas que andavam dizendo que o Megadeth é uma banda de altos e baixos...
O destaque de algumas faixas (pra não dizer todas) fica por conta de “Sudden Death”, que abre o disco; “Public Enemy nº1”, bem agressiva; “Whose Life (Is it Anyways?)”, muito rápida...
Mais uma vez eu reforço: O ano de 2011 está bom demais!! Draconian e Arch Enemy foram os grandes álbuns do ano até agora. E, unindo-se á eles, com certeza o Megadeth...
Uma pequena decepção, se me cabe apontar, ficou por conta do fraquinho “Lulu” do Metallica.
E Viva 2011!!

RESENHA DE FILME - CONAN – O BÁRBARO


Quando li a sinopse e vi o trailer, fiquei com enorme desconfiança deste que foi um de meus filmes favoritos na infância. E minhas suspeitas tornaram-se fato quando assisti, ou melhor, aguentei á uma hora e meia desta extenuante porcaria.
Sim, este novo Conan – O Bárbaro, é ruim demais, pra não dizer coisas piores. Sabe aqueles filmes que deixam claro sua simples pretensão de arrancar dinheiro? E este é o sentimento predominante na cabeça dos que tiveram a paciência de ir ao cinema: a de que fomos enganados novamente.
Ok... Vou falar um pouco da “fraquíssima” trama: Após a morte do pai e de testemunhar o constante sofrimento de seu povo, vítima do terrível (ai meu Deus, que medo!!) Khalar Zym, o cimério Conan parte em busca de vingança... Simples assim.
Eu me pergunto onde os produtores do filme estavam com a cabeça quando escolheram um ator totalmente ausente de testosterona feito Jason Momoa? O cara até que tentou mostrar alguns bíceps e tríceps girando sua espada. Mas nem os modernos efeitos holywoodianos conseguiram agigantar o minúsculo ator.
As cenas de ação ficaram razoáveis e o clima do filme não passa de mais propósitos para colocar mais efeitos desnecessários. Por sorte, eu escapei de um profundo remorso, pois se tivesse visto em 3D, teria me custado bem mais... Ufa!!
Uma pena, mas teremos que aguardar mais um pouco até encontrarmos um Bárbaro Cimério á altura dos bons tempos de Schwarzenegger.