sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

POESIA: MENTES QUE MENTEM




Maçãs do rosto coloridas
com papel de seda,
retorciam-se no espelho desnudo
sorrindo para o mundo.

Lá fora, tempestade!
Raios espelhavam sua miudez,
em saltos.

Saltitava nos pingos da chuva
saboreando entre dentes
acidez do veneno respingado,
na pele nua.

Chamavam-na louca.
Louca da rua!
Nua!
Era tão só
e sua.

Poesia maravilhosa, que roubei do livro da talentosa escritora, e minha amiga, Carmem Lucia de Andrade. Á você Carmem, minhas mais sinceras congratulações!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MATÉRIA: CÉREBRO DOS APAIXONADOS POSSUI MECANISMO PARA EVITAR O ADULTÉRIO


Quem está apaixonado, vive em estado de graça; meio aéreo, sem prestar muita atenção no que está se passando em sua volta. Isso todo mundo já sabe. Mas cientistas da Universidade da Flórida descobriram que a coisa pode ir muito além: o amor torna o cérebro humano literalmente incapaz de prestar atenção em rostos muito bonitos.
Os pesquisadores fizeram um estudo para medir a atenção de 113 homens e mulheres, que foram expostos á fotos de pessoas lindas (e outras não tão bonitas). Metade dos voluntários teve de escrever, antes da experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha pelo seu parceiro. A outra metade fez uma redação genérica, sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas – com os olhos dos voluntários monitorados por um computador. Quem tinha escrito (e pensado) em amor passou a ignorar as imagens de pessoas bonitas – seus olhos simplesmente não se fixavam sobre as fotos. E essa rejeição só acontecia com as fotos de gente linda. Já com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença.
Segundo os cientistas, isso acontece porque, quando as pessoas pensam em amor, seu neocórtex passa a repelir pessoas muito atraentes – que são tentadoras e têm mais chances de levar alguém a praticar adultério. O mais impressionante é que, entre os homens, esse mecanismo “antitraição” é 4 vezes mais forte do que nas mulheres.
Os cientistas especulam que esse mecanismo teria se desenvolvido, ao longo da evolução, para ajudar os machos a se manterem monogâmicos. “Há muitos benefícios evolutivos em uma relação monogâmica, e o organismo leva isso em consideração”, diz o psicólogo Jon Maner.

(Fonte: revista Super Interessante)