quinta-feira, 15 de agosto de 2013

RESENHA DE LIVRO – A PERSEGUIÇÃO


Antes de iniciar essa resenha, minha mente emitiu um sinal de alerta que dizia: “veja lá o que você vai escrever sobre esse livro, cara!”.  Tal precaução se deve pelo fato de que minha esposa adora o autor desta pérola de teor infanto-juvenil intitulada “A Perseguição”.
Obviamente eu sempre escrevo minha opinião sincera, mesmo quando esta não agrada alguém próximo á mim. Mas certamente tentaria ser o mais simpático possível, caso não tivesse gostado do livro. No entanto, é simplesmente impossível não se surpreender com os trabalhos de Sidney Sheldon. O cara é um maestro na arte de construir textos ágeis e num ritmo alucinante, que perdura desde a primeira linha, até última página. É daqueles livros deliciosos os quais devoramos numa única sentada. Particularmente eu prefiro os autores mais complexos e detalhistas. Mas é sempre um maravilho prazer abrir uma exceção á este esplendido autor.
Sidney Sheldon pertence ao seleto grupo dos grandes autores da velha guarda. Começou sua carreira em 1937 como escritor de roteiros de filmes, musicais e seriados (ele foi o criador de personagens emblemáticos da telinha, como Jeanne, do seriado Jeanne É um Gênio) e só posteriormente passou a se dedicar aos livros. Desde o seu primeiro romance “A Outra Face” (que assim como outros tantos trabalhos seus, teve uma adaptação para os cinemas) até o decente “Quem tem Medo do Escuro?”, que foi seu último livro inédito, Sheldon mantém um elevado grau de suspense e sensualidade. Outra característica que gosto nesse autor, é seu constante uso de elementos sociais modernos nas histórias. Situações como fama, fortuna, intrigas, vinganças... a odiosidade existente em nosso cotidiano atual.
A trama de “A Perseguição” gira em torno de Masao Matsumoto, um jovem que após a morte dos pais num acidente de avião, herdara um poderoso império de riquezas. Mas logo ele descobre que mais alguém está interessado em sua abastada herança. E num piscar de olhos, a vida pacata do pobre rapaz se transforma em um perigoso jogo de gato-e-rato, através da vasta urbanização de um país que lhe é totalmente desconhecido: os Estados Unidos. Masao precisa correr por sua vida, e o medo faz com que todos os olhares estranhos ao seu redor, lhe pareçam ameaçadores. Uma história sem grandes técnicas inovadoras, mas que funciona muito bem por conta de sua pegada ininterrupta, bem ao estilo cinematográfico. Coisa de roteirista, né?
É uma bela dica pra quem gosta de literatura cheia de suspenses e emoções. E que minha adorável esposa me perdoe se faltou algum complemento em mais esta modesta resenha.