Quatro são as lideranças
mais comentadas, biografadas e estudadas da segunda guerra mundial. E Winston
Leonard Spencer Churchill é uma delas. Primeiro ministro britânico durante
quase todo o conflito mundial, Churchill é, de fato, um homem da guerra. E
embora tenha sido nomeado pela cúpula inglesa, como sendo a mente mais
qualificada para conduzir a terra da rainha através de anos de trevas, Sir
Winston não foi apenas isso.
Além de seu nome inesquecivelmente ligado ao
grande conflito, Churchill também foi um estadista notável, oficial do exército
britânico durante a primeira guerra, historiador, artista e escritor. Ele é o
único primeiro ministro britânico a ter recebido um prêmio Nobel de Literatura.
E esta natureza do cara é o
que mais interessa aqui neste ótimo COMO CHEGUEI AO PODER; relatos narrados
pelo líder britânico dos tempos que antecederam sua ascensão ao poder.
O livro nos apresenta a
visão do autor no que concerne à natureza política, os jogos de poder, a crises
na Europa, especulações rivais, seus principais antagonistas e suas formas
tradicionais de governo. Churchill especula sobre o cenário politico de sua
época e usa de uma linguagem acessível e direta, permitindo ao leitor um ganho
de compreensão sobre os eventos que culminaram no maior conflito armado do
mundo.
A partir de 1933, após a
subida de Hitler ao poder na Alemanha, e quando parecia evidente que o partido
nazista empenhava-se na fortificação bélica do país, Churchill foi das poucas
vozes que se levantou contra aquilo que considerava uma séria ameaça à
estabilidade da Europa Central. Ele vinha constantemente à público alertar
sobre a necessidade de o Reino Unido se armar.
No dia 10 de maio de 1940,
poucas horas antes da invasão alemã da França, e diante do vergonhoso fracasso
britânico na defesa da Noruega, o governo do então ministro Chamberlain não
resistiu e caiu, abrindo caminho para a nomeação de Winston Churchill para o
cargo político máximo, o de primeiro ministro.
Igualmente a qualquer figura
pública no cenário geopolítico mundial, Churchill também tem atribuído à sua
imagem manchas irreparáveis, justificáveis ou não, como por exemplo, a decisão
do ataque aéreo à cidade de Dresden, ato que resultou na total devastação da
região e matou mais de vinte e cinco mil civis.