sexta-feira, 6 de outubro de 2017

RESENHA DE LIVRO: CEM MELHORES CRÔNICAS (que, na verdade, são 129)


Por cerca de pouco mais de uma semana eu estive na agradável companhia de Mario Prata (calma, não precisa morrer de inveja. É que tem cronistas de cunho tão palpável, que não há outro jeito de expressar a prazerosa companhia de seus livros). Funcionava assim: eu me sentava no banco da praça, retirava o marcador de página e então, ouvia (lia) suas divertidas vivências.

Vez ou outra era feito uma pausa na prosa, meu eu inserido no mundo físico precisando olhar um pouco para o cenário, intencionado em vislumbrar aquilo que meu periódico companheiro tinha dito (escrito). Neste instante, eu viajava para dentro da subjetividade, e via o mundo a partir da perspectiva pratiana;

Refleti sobre os TIPOS DE HOMENS, indignei-me com A PERUCA, dancei no BAILE DE DEBUTANTES, babei horrores vendo A MULHER QUE FUMA, senti-me culpado perante a CULPA, quis dar uma tecladinha com A MÁQUINA DA CANABRAVA, concordei com a ideia de que FILHO É BOM, MAS DURA MUITO, acenei entusiasmado NA ESTRADA COM DANUZA, descobri então que FOI O CRIADO MUDO QUEM CONTOU, aproveitei o intento para atestar com O CARIMBO, irritei-me por causa do PERNILONGO, procurei por todos os cantos por ONDE ANDARÁS O PEREIRA, assenti quanto da intimação para que OREMOS, MICTEMOS E SAREMOS... E só então eu resenhei meus instantes com o Mário, pois também vivo um AMOR SÓ DE LETRAS...

Mario Prata é um sujeito simpático, expectador de bem com a vida, fotógrafo sem câmera da existência. Seu instrumento é apenas a boa e velha máquina de escrever em sincronia com seu divertido ponto de vista.

Desse modo, a inesgotável genialidade pratiana começa desde o princípio que era o verbo, passando por uma análise sobre Deus que não tinha com quem conversar. Metemo-nos entre suas criações mais distintas, fomos aos lugares mais inusitados e dentro destes, o altíssimo encheu o mundo de coisas... E finalmente desembarcamos no Brasil, onde a divindade nos ofereceu a famigerada Copa do Mundo, para que nos deleitemos de verde e amarelo...

Sim, já seria um livro fantástico se fossem apenas as cem melhores crônicas. Mas no universo de Mario Prata não dá pra apertar tudo numa escassa centena... Portanto, entregou-nos aqui esta fabulosa CEM MELHORES CRÔNICAS (QUE NA VERDADE, SÃO 129).

Ah, droga! O horário de almoço acabou... Desculpa aê, Mario! Só que eu tenho que voltar pro escritório. Mas relaxa que amanhã a gente continua com o nosso papo...