sábado, 26 de maio de 2012

METALLICA – ALL THAT MATTERS



Um Livro; um passado que foi dos megashows aos tribunais, e de lá para a reabilitação definitiva; e a melhor banda de rock do mundo... Uma mistura mais que perfeita! E essa combinação finalmente chegou aqui, nessa terrinha dominada pelo funk e o sertanojo...
Trata-se do novo livro do jornalista Paul Stenning (o cara já escreveu biografias de bandas importantes como Iron Maiden, AC/DC e Guns N’ Roses), intitulado Metallica – All That Matters. Uma homenagem mais que merecidas á banda que alcançou três décadas de existência, com mais de 140 milhões de discos vendidos e nove prêmios Grammy.
O livro conta um pouco de como foi a ascensão definitiva, desvenda detalhes do passado, e revela os altos e baixos da banda mais importante do planeta. Recheado de entrevistas inéditas de amigos esquecidos, fãs e até de ex-amantes, o autor disseca tudo e nos entrega o mais completo e revelador book já feito sobre a trajetória dos caras... Era o ingrediente que faltava para os fãs do Metallica desta, e de gerações passadas.
O meu exemplar já está praticamente no gatilho. Com certeza irei apreciá-lo ao som de The Unforgiven e Master of Puppets... Because, after this amazing book, Nothing else Matters!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

RESENHA DE FILME – OS VINGADORES



Adoro quando estou cheio de pessimismo e acabo quebrando a cara. Foi exatamente o que aconteceu comigo ao sair da sessão de “Os Vingadores”, porque simplesmente adorei o filme do começo ao fim. Sim, pois eu já estava cansado de megaproduções cheias de efeitos especiais desnecessários, explosões pra todos os lados, personagens descerebrados e nenhum sinal de roteiro. Este era o pensamento inicial quando resolvi dar mais uma chance aos filmões pipoca e encarar a aventura do gigante verde e sua turma.
O roteiro era minha (e talvez até da coletividade em geral) principal suspeita. Eu explico: primeiro deve-se levar em conta o que já falei: megaproduções como essa dificilmente ganham um bom roteiro. Os produtores parecem mais preocupados apenas com efeitos visuais, a destruição bem elaborada de uma grande cidade, geralmente Nova York, e os personagens exibindo seus superpoderes na telona de forma irrelevante e sem sentido.
O segundo possível problema seria adequar um bom roteiro á elevada quantidade de personagens importantes, ou seja, uma dor de cabeça na qual Hollywood parece querer evitar á todo custo.  Imaginei que encontraria na tela a velha faceta hollywoodiana, que prefere desenvolver roteiros no qual um vilãozinho qualquer surge no pedaço, com intenções de eliminar a humanidade. Aí os heróis se reúnem (sem mais delongas) para acabar com a raça do infeliz. Pronto, temos um filme! Mais fácil que preparar macarrão instantâneo.
Mas para meu espanto, o longa tem história. Não é nada grandioso, é claro, mas convence, coloca os heróis em situações que fazem sentido, e não deixa ninguém de fora da brincadeira.
Na trama, Loki (Tom Hiddleston), que é irmão de Thor (Chris Hemsworth), planeja invadir a terra com a ajuda de uma raça alienígena, para dominar os seres humanos. Com a promessa de que será o soberano da Terra, ele rouba o cubo mágico de dentro da S.H.I.E.L.D., e com isso adquire poderes especiais. Para combater o mal, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com habilidades extraordinárias. Grupo no qual jamais havia trabalhado junto antes, o que gera desavenças entre alguns integrantes.
Além do Thor, o time também conta com o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), responsável pelas cenas hilárias; Capitão América (Chris Evans), o filme foi tão bom que até desse herói, que sempre considerei sem-graça, eu gostei; Hulk (Mark Ruffalo), finalmente encontraram um rosto legal para o gigante esmeralda; Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), seguro no papel e mandando umas flechadas legais; Viúva Negra (Scarlett Johansson), única integrante feminina e responsável pela beleza da equipe.
Cheio de bons diálogos, personagens envolventes e cenas de ação muito bem feitas e de tirar o fôlego, “Os Vingadores” entra no topo dos melhores filmes de ação estilo super-heróis já feitos pelo cinema. E para aqueles, que como eu, foram amantes dos quadrinhos na adolescência, aguardem sentados pelo final dos créditos; há uma breve cena que antecede a continuação do filme, e que mostra um personagem, digamos, bem peculiar...

terça-feira, 22 de maio de 2012

RESENHA DE LIVRO - A MENINA QUE NÃO SABIA LER


Foi por um triz que não abandonei este “A menina que não sabia ler”, de John Harding. Sim, porque achei as primeiras páginas um verdadeiro tédio, o que me fez pensar nos reais motivos que me levaram a comprar o livro: poderia ter sido a bela capa, algo tão fundamental quando o propósito é atrair o leito; ou talvez a semelhança do título com o livro “A Menina que Roubava Livros” (em minha opinião isso foi uma bela estratégia de marketing aqui no Brasil, uma vez que, o livro de Markus Zusak foi, e ainda é, um sucesso mundial. Entretanto, na maioria dos países onde o livro de John Harding foi traduzido, ele ficou com o título original: “Florence & Giles”). De qualquer forma, o inicio da aventura da pequena Florence e seu irmão Giles, não agrada á Gregos e Troianos.
Mas a trama melhora, e antes que eu cometesse o “pecado” de descartá-lo, eis que “A Menina que Não Sabia Ler” supera minhas expectativas se tornando uma leitura intrigante, envolvente e sedutora.
A história se passa no século XIX, onde os irmãos órfãos Florence e Giles estão sob a guarda de um tio ausente. Ambos vivem como crianças normais, brincando e perambulando pelos cômodos da misteriosa e decadente mansão Blithe. Até que Florence acaba descobrindo o caminho para a enorme biblioteca da casa, fato que faz com que a pequena assuma os riscos da desobediência e comece, por conta própria, a descobrir as maravilhas de ler.
É a partir deste momento que começa uma série de acontecimentos pelos quais não sabemos se são de fato reais ou apenas frutos da imaginação criativa de uma menina. Em determinado momento da história não é mais possível concluir o que é realidade e o que é fantasia. Aparentemente as coisas parecem confusas e o texto segue com seu mistério até o final, deixando o leitor com aquela sensação de que: ou pegamos no sono em determinado ponto crucial do texto, ou a coisa se misturou tanto que é preciso uma releitura para constatar que não deixamos algum paragrafo revelador passar despercebido (confesso que tive que voltar algumas páginas perto do fim, para ler novamente).
Bom ou ruim, acho que fica á critério de quem leu. Mas como gosto da diversidade de opiniões, deixo aqui a minha em poucas palavras: “A Menina que Não Sabia Ler” vai de ruim á excelente ao longo de suas 282 páginas. E o que mais me incomodou no final, foram as inúmeras questões impostas pelo autor durante a trama, e não respondidas no desfecho. Talvez fosse esse o real propósito de John Harding: deixar as respostas á cargo do leitor. Exatamente como diz a personagem principal, Florence, no primeiro parágrafo da história:
“É uma história curiosa a que tenho de contar, uma história de difícil absorção e entendimento...”.
Boa leitura!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

MATÉRIA: A VERDADE SOBRE A PUTA



Todos nós sabemos que a palavra “puta” está associada á uma terrível ofensa. O que não sabíamos é que isso é coisa que acontece aqui no Brasil, e não se sabe ao certo de onde surgiu a conotação que assemelha o termo “puta” á bagageira, biscate ou meretriz. Ou mesmo em determinados assuntos, onde “puta” serve para enfatizar algo intenso ou extraordinário: “Que puta falta de sorte”; "Puta que o pariu!!".
Mas descobri que a palavra é originária do latim: “puta” significa “poda”, e “putta” significa nada mais do que “menina”. É interessante quando aprendemos que um substantivo feminino tão paradoxal, é na verdade sinônimo de ingenuidade e pureza.
Na língua italiana antiga, que possui enorme influência do latim, “putta” também significa “menina”.  No português europeu, “puto” é um “menino pequeno”. Enquanto na Espanha há um dito popular sobre uma deusa chamada Puta, que nada mais é do que uma divindade agrícola. Nos dias da poda, as sacerdotisas exerciam uma espécie de aviltamento sagrado em honra á deusa. Talvez daí tenha surgido a inversão do termo.
De qualquer forma, a premissa vale pela curiosa informação. E para você mulher, lembre-se deste texto na próxima vez em que se sentir ofendida ou ficar "puta da vida" com uma palavra agressiva, na qual o insultante provavelmente não faz a menor ideia do seu real significado.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

MATÉRIA: CIDADES FANTASMAS


Recentemente li uma matéria sobre lugares assombrados ao redor do mundo, e um dos casos particularmente me fascinou. Trata-se da cidade de Bhangarh – India. Dizem no Rajasthan, onde ficam as ruínas, que o lugar é amaldiçoado. Isso talvez explicasse o fato de que Bhangarh é o único sitio arqueológico da Índia que não tem um escritório do governo. Simplesmente não há funcionários dispostos á trabalhar lá. E mais: as autoridades tiveram o trabalho de deixar um aviso nas proximidades do local, orientando os visitantes para que somente entrem nas ruínas de Bhangarh após o nascer do sol, e saiam antes do mesmo se pôr.
 Estima-se que a cidade tenha sido fundada no século 17 e abandonada cerca de 150 anos mais tarde. Desde então proliferam os boatos sobre fantasmas, aparições e outros fenômenos sobrenaturais.

Ao longo de algumas pesquisas que fiz na internet, constatei que existem várias teorias e lendas á cerca da possível maldição que reina na cidade, assim como o desaparecimento de toda sua população. Mas quase todas as versões narram a história de um bruxo que teria se apaixonado por uma princesa chamada Ratnawati. Depois de algumas frustrações amorosas (são muitas as versões sobre o suposto fracasso amoroso), o tal bruxo lançou sobre o reino de Bhangarh uma terrível maldição. E após sua morte a cidade teria sido saqueada e destruída por conta de guerras contra reinos vizinhos, nunca mais sendo habitada novamente.
Os mais supersticiosos rezam que qualquer pessoa que se atreva á aproximar-se das ruínas durante a noite, nunca mais retorna...
Tai uma excelente dica pra quem ainda não sabe onde passar as próximas férias.

RESENHA DE LIVRO – Resistência


O que dizer do livro de Agnès Humbert, além de apontar toda a intensidade e engajamento da autora? Penso que a dificuldade em avaliar se da ao fato de que este livro nada mais é do que o diário da própria Agnès, escrito durante a ocupação da França pelo exército nazista durante segunda guerra. A impressão que temos é de estar lendo não apenas mais um livro de história da guerra, mas sim, um verdadeiro documentário á cerca da resistência humana, de pessoas que, expostas ao limite do impensável, sobreviveram corajosamente ás atrocidades do holocausto.
Conforme conta seu diário, Agnès juntamente com seus colegas do Museu do Homem em Paris iniciam um dos primeiros movimentos de resistência francesa, que foi o jornal Résistance. Mas a coisa acaba dando errado e o grupo vai parar nas mãos da Gestapo. Fato consumado, Agnès é deportada para a Alemanha e submetida á trabalhos forçados como prisioneira.
É claro que, como se trata de um diário, a autora não tinha como relatar em seu diário, durante o período em que esteve presa. Contudo, assim que fora libertada Agnès se dedicou á registrar tudo que estava em sua memória, dando continuidade ao seu trabalho. Outra questão interessante e curiosa é o fato de os homens da Gestapo não terem conseguido pôr as mãos no diário, uma vez que, obviamente a casa de Agnès Humbert fora minuciosamente revistada quando ela foi presa.
Defino o livro como sendo o trabalho magnífico, de uma mulher motivada pela vontade de eternizar e fazer com que suas memórias não sejam esquecidas jamais. Mesmo após tantos anos nos quais o tempo é sem dúvida um inimigo implacável. Exatamente como diz um dos membros da resistência no livro:
“Que se faça justiça á nossa lembrança após a guerra, é o que basta. Além disso, nossos companheiros do Museu do Homem não nos esquecerão.”