quinta-feira, 1 de setembro de 2011

MATÉRIA: PEQUENOS EQUÍVOCOS QUE VALERAM A PENA



Em meio ás minhas leituras diárias, encontrei um artigo interessante a cerca de um de meus filmes favoritos; Coração Valente. O artigo destacava alguns “furos” cometidos no filme que conta a trajetória do mais famoso líder da resistência escocesa contra a invasão inglesa, William Wallace. São fatos que o filme ignorou, e que em minha opinião só contribuíram para o sucesso do mesmo.
 Como já sabemos Mel Gibson é o cara que interpreta, ou melhor, incorpora William. Foi sua melhor atuação nos cinemas, inevitavelmente resultando em Oscar de melhor filme e ator (vale lembrar que ele também dirigiu o longa).
William Wallace é tido como um verdadeiro Deus na Escócia. Tem monumentos do cara por todo o país e o poema The Wallace, do século XV é a segunda obra mais popular, só perdendo para a Bíblia. Bom, vamos aos furos:

Em 1296, o reino da escócia foi invadido por Eduardo 1º da Inglaterra. William foi um dos lideres da revolta como já sabemos. Contudo, no filme ele é retratado como um pobre camponês que tem a mulher atacada e morta por soldados ingleses. E embora ele fosse mesmo o condutor mais feroz da campanha contra o inimigo, William estava longe de ser pobre. Sua família lhe deixara como herança terras e dinheiro suficiente para sua estabilidade.
Quase dez anos liderando a resistência ele foi, como mostrado no filme, capturado, condenado por traição, enforcado e esquartejado. Mas em meio á esses fatos houve um homem considerado por historiadores como sendo mais decisivo para a virada escocesa. Ele se chamava Robert The Bruce.
No filme, Robert é um mero coadjuvante que trai William e consequentemente o país inteiro por dinheiro. Mas a verdade é que, além de não ter exatamente sido um traidor, Robert foi quem conduziu as tropas escocesas ás mais importantes vitórias. Como por exemplo, a de Bannockburn, quando, em 1314, seus 6500 soldados derrotaram mais de 20 mil ingleses, selando assim o fim de uma era de dominação inglesa.

Em minha opinião o artigo valeu como forma de curiosidade. Porque nada precisa ser mudado no filme. Certamente um William Wallace bem de vida seria muito menos carismático do que a versão que vimos nos cinemas. Afinal, nem tudo na telona precisa ser fato. Do contrário, não sobraria espaço para a criatividade e fantasia.

(Fonte: Revista Aventura na História)

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