quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

RESENHA DE LIVRO – Não Conte a Ninguém


Fazia tempo que eu não lia um livro tão rápido. Sim, o clima deste “Não Conte a Ninguém” é tão sedutor que é quase impossível não sentir aquela sensação de arrependimento por precisar fecha-lo antes do fim.
Este é, talvez, o trabalho mais aclamado do escritor Harlan Coben (com justiça), ganhador de vários prêmios em 2001, e que teve uma adaptação para o cinema em 2006. Confesso que, embora sempre me sentisse atraído pelo livro e seu título convidativo, quando o via nas prateleiras, sempre o deixava para depois. Mesmo diante dos burburinhos entre as comunidades leitoras de que este era um ótimo livro, preferi esperar todos esses anos (não costumo comprar livros me baseando nos alardes dos leitores, pois se assim o fizesse eu teria, a contragosto, toda a coleção de Crepúsculo em minha estante. Nada contra os fãs da série). A verdade é que é difícil encontrar os grandes livros no meio de tantas prateleiras abarrotadas nas bibliotecas. Sem contar que eu sempre chego à loja já com uma enorme de lista dos títulos que quero ler como prioridade. De qualquer forma, é um gostoso arrependimento, pois como leitor compulsivo que sou a vez daquele livro esquecido sempre chega.

O desabafo acima serve para enfatizar o quanto “Não Conte a Ninguém” é excelente; leitura obrigatória para quem curte um bom suspense. Daquelas que nos prende do início ao fim, bem ao estilo alucinante dos livros de Sidney Sheldon.

O fantástico enredo gira em torno de David Back e sua esposa Elizabeth. O casal é atacado quando comemoravam o aniversário de seu primeiro beijo. Ela é brutalmente assassinada, enquanto ele recebe um forte golpe na cabeça e cai num lago, inconsciente. O caso é rapidamente resolvido pela polícia e o assassino condenado. Só que oito anos depois do atentado, exatamente no dia em que marca a data da morte de Elizabeth, David Back recebe uma mensagem estranha em seu computador. Nela, há referencias que somente sua falecida esposa poderia conhecer, levantando a improvável hipótese de sua esposa estar viva. Pra rechear ainda mais a salada, a polícia descobre dois corpos enterrados no local onde ocorrera o atentado contra David e sua esposa, trazendo á tona uma série de questões sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

O desenvolvimento dos fatos não possui um ritmo ininterrupto; segue uma linha firme, de capítulos curtos e em doses equilibradas de adrenalina e tensão, mas sem entrar na pieguice. E conforme a trama se desenrola, outras questões são inevitavelmente levantadas pelo leitor. Mesmo aquelas que não são diretamente expressadas pelos personagens da história. Há momentos em que nos sentimos tão absortos pela leitura que parece que iremos encontrar uma nova revelação em cada parágrafo. Coisa de mestre.

Ao final desta deliciosa leitura, tratei de procurar um pouco mais sobre este gênio chamado Harlan Coben, a fim de comprar outros títulos do cara. Pois se ele dispôs em seus outros trabalhos, metade da criatividade que usou neste “Não Conte a Ninguém”, certamente teremos garantia de outros bons livros do autor.

Um comentário:

  1. Eu já tinha ouvido falar desse livro, fiquei com muita vontade de ler!!! quem sabe depois dos 50 tons? rsrsrs
    bjs!!!
    capaz de hoje chover por ai hein?
    Cris

    ResponderExcluir