quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sinceridade acima de tudo... Ou será que não??



Em uma determinada ocasião, eu acabara de sair da aula de inglês e aguardava no ponto pelo “abençoado” ônibus. Não era muito tarde (umas nove horas da noite) e fazia um friozinho não muito comum em minha cidade. Sentado ao meu lado havia três senhoras que estavam voltando de algum evento na igreja.
Subitamente, eis que surge em nossa frente um homem vestido em trajes esfarrapado, sujo e com aquele característico odor de quem não toma banho á semanas. Meio cambaleante, ele ergueu o braço em nossa direção e começou a salientar, o que eu já previra, algo do tipo dramático como só um experiente mendigo sabe fazer quando quer ganhar uns trocados.
Mas para minha grande surpresa o cara lançou-nos um argumento inesperado. Ele disse:
“Gente, dessa vez eu quero falar a verdade com vocês. Eu já tomei umas cachaças por aí e não estou com fome. Mas eu queria ver se vocês poderiam me arrumar uns trocadinhos pra eu poder fumar um cigarro”.
O que se viu em conseqüência foi uma verdadeira enxurrada de sermões e sovas das velhas beatas pra cima do mendigo, tentando mostrar o quanto ele devia se arrepender de ficar enchendo a cara e que cigarro faz mal para saúde. Obviamente o mendigo foi embora de mãos vazias, reclamando que nunca mais diria a verdade na hora de pedir esmolas.
Este caso exemplifica com muita clareza o quanto ser sincero pode atrapalhar uma empreitada no meio social. Se o mendigo tivesse dito aquelas mesmas ladainhas de sempre que conhecemos de cor e salteado, do tipo: “estou querendo comprar um prato de comida” ou “moro na rua, pois não tenho como comprar uma passagem pra voltar á minha cidade”, provavelmente a situação seria diferente e talvez ele ganhasse algum tostão. Mesmo que lá no fundo, eu e as velhinhas soubéssemos que o dinheiro seria usado para beber ou fumar.
É justamente nesse ponto que o jornalista alemão Jurden Schmieder através de seu livro intitulado “Sincero” se aventurou. O cara viveu propositalmente durante quarenta dias uma vida, digamos 100% franca, e nos brindou ao longo de 292 páginas os resultados de uma vida totalmente sem mentiras. Parece pouco, mas quarenta dias sem ao menos uma mera omissão, resultaram em diversas situações embaraçosas ao autor do tipo inúmeras desavenças com a esposa e o quase fim de uma velha amizade.
Continua achando pouco? Faça você mesmo uma experiência e tente pelo menos em um único dia bancar o autêntico dentro de uma sociedade na qual fomos treinados desde a infância á mutreta.
Eis alguns exemplos:
Comece o dia chegando ao trabalho e já dizendo ao seu chefe tudo o que você pensa dele do fundo do seu coração. Ou quem sabe despejar algumas verdades em cima daquele puxa-saco insuportável quando ele vier pedir sua opinião. Ou mesmo tente dizer o que você realmente está vendo quando sua esposa vier perguntar se você acha que ela engordou. E aproveite e declare o quanto você acha a irmã dela uma gostosa.
De fato, a situação é simplesmente uma só: sinceridade é uma palavra bonita e todo mundo finge que é essencial. Mas sua manifestação total no dia-dia pode, e certamente trará sérias conseqüências...


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MATÉRIA: BIG BOSTA BRASIL




BIG BROTHER BRASIL

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.

( Texto de Luiz Fernando Veríssimo)

domingo, 7 de agosto de 2011

RESENHA DE FILME - Harry Potter: O FIM DE UMA SAGA


Enfim tivemos a conclusão da saga que já dura uma década do bruxinho mais famoso dos cinemas, e também dos livros, Harry Potter. E o que se viu no durante as quase três horas de “As Relíquias da Morte Parte 2”, foi uma verdadeira avalanche de efeitos especiais, ação, os desfechos de uma trama que parecia impossível de ser realizada por conta de tantas perguntas que ficaram sem resposta na primeira parte, e... Harry versus Lorde Voldemort.
Embora o filme tenha cumprido sua missão de encerrar a saga de forma digna, e que seja um entretenimento extremamente competente, achei que tanta coisa tendo que acontecer no mesmo filme fez com que algumas cenas decisivas e importantes acontecessem muito depressa. Cito, por exemplo, o desfecho final da personagem Bellatrix Lestranger (interpretada pela sempre excepcional Helena Bonham Carter). A idéia de por a bruxa frente a frente contra a mãe de Rony foi boa, porém tudo acontece muito depressa deixando a sensação de uma cena forçada. Penso que isso poderia ter sido evitado se um pouco de tantas conclusões tivesse acontecido na primeira parte, que a meu ver, em determinados momentos fica um pouco chatinha e vazia.
Legal foi ver a personagem Minerva Mcgonagall (Maggie Smith, maravilhosa) roubar a cena, lutar contra Severo Snape e depois comandar as tropas encarregada da segurança do castelo de Hogwarts.
Por fim, a luta tão esperada entre Harry e Você-sabe-quem não decepciona. Daniel Radcliffe e Ralph Fiennes encarnam seus personagens de forma brilhante e nos brindam com uma batalha final empolgante e sem rodeios.
E antes de vermos os créditos finais, uma cena envolvendo o trio Harry, Rony e Hermione, envelhecidos por maquiagem (que não ficou muito legal. Foi como ver garotos de cabelos grisalhos), na estação de trem, levando seus filhos para o primeiro dia de aula na escola de magia. Exatamente como acontece no primeiro filme.
Harry Potter chega ao fim, e já deixa aquela sensação de vazio no coração dos amantes de cinema. E parece que este mesmo vazio também está deixando os produtores de Hollywood de cabelos em pé. Afinal, é nítido a preocupação e desespero da indústria cinematográfica por encontrar um sucessor a altura de Harry Potter. As tentativas vão de filmes apáticos como a saga “As Crônicas de Narnia”, “Percy Jackson”, e a “A Bussola de Ouro”...
Definitivamente não será nada fácil substituir a turminha de Hogwarts.

sábado, 6 de agosto de 2011

VEM AI NOVO ALBUM DA KITTIE


A banda canadense Kittie está com seu álbum novo pronto para sair do forno. O titulo do disco é “Ive Failed You” e será lançado no fim de agosto pela One Music.
Para quem ainda não conhece, o som proposto pela banda é uma mistura de Metalcore e Num Metal. Kittie é liderado pela Frontwoman Morgan Landers, e assim como ela, todos os seus integrantes são mulheres. Foi justamente esse o motivo pelo qual me interessei pela banda á alguns anos; senti-me curioso e quis conhecer o som de um grupo de garotas que se arrisca dentro de um ritmo pesado e digamos “masculinizado”.
Pronto. Foi meio que amor á primeira ouvida... rsrsrs. Kittie não deve em nada em comparação com as bandas de metalcore formadas por marmanjos. As minas são entrosadas, fazem um som de peso e Morgan é simplesmente genial no vocal.

Caso queiram escutar um pouquinho do som, abaixo está o link da música "Empires (Part 2)", uma das faixas do novo disco.


Quando ouvi, fiquei com água na boca. Provavelmente teremos mais um belo trabalho das meninas do metal...  

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

CRÔNICA: TRABALHAR PRA QUE?




Recentemente foi lançando um livro que está, num ritmo acelerado, alcançando o topo dos mais vendidos na Austrália. Trata-se do livro “Trabalhar pra que?” do psiquiatra australiano Peter Butterworth.
Na verdade, o livro não é exatamente uma apologia aos vagabundos, mas sim um instrumento que comprova o que muita gente ainda não sabe: ficar sem emprego é ruim, mas sofrer no trabalho é ainda pior.
O livro conta os detalhes de um estudo feito pelo autor e sua equipe ao longo de 7 anos, envolvendo mais de 7 mil voluntários, que ficar desempregado, seja por vontade própria, seja por demissão, pode aumentar o nível de felicidade das pessoas.
Alguns dos dados coletados no livro (ainda não lançado no Brasil) revelaram que num critério de satisfação, pessoas que estavam trabalhando em bons empregos, eram sempre as mais felizes. Enquanto na sequencia vinham empatados os desempregados e os trabalhadores com empregos ruins.
Tais dados poderiam provar que desemprego é semelhante á emprego ruim.
Contudo, não foi isso o que as pesquisas mostraram:
Ao longo do estudo, quem trocou o desemprego por um emprego ruim viu sua felicidade cair 6 pontos á cada ano. Já quem manteve-se sem fazer nada perdeu apenas 1 ponto.

Caramba, Eu sabia que eu não era feliz!!
Enquanto o livro não chega em terras tupiniquins, o negocio é ir correndo pedir as contas ao patrão... E que nossos bons trabalhadores brasileiros não descubram essa notícia.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

SAUDAÇÕES

Como já passou da hora de movimentar este blog, eu começo falando de... Rock, é lógico, porra. Porque escolhi esse tema? Simples: é que 2011 está pra lá de foda... Até agora vimos, ou melhor, ouvimos muita coisa boa:

ARCH ENEMY: Khaos Legion.



SIRENIA: The Enigma Of Life.


CAVALERA CONSPIRACY: Blunt Force Trauma


CHILDREN OF BODOM: Relentless Reckless Forever




SEPULTURA: Kairos


SCAR SYMMETRY: The Unseen Empire


DEADLOCK: Bizarro World



DRACONIAN: A Rose for the Apocalypse




ARKAN: Salan



AMON AMARTH: Surtur Rising




E ainda vem muito mais por ai... Viva 2011!!!