segunda-feira, 21 de novembro de 2011

MATÉRIA: COMO FAZÍAMOS SEM LIVROS?


A escrita surgiu na mesopotâmia, criada pelos sumérios em 3000 a.C., mas a base para receber as letrinhas tal como conhecemos hoje tardou 4.5 mil anos a aparecer. Se você se encanta com o iPad e outros tablets, saiba que tabletes foram os primeiros suportes de textos. Eram de argila, pouco maiores que uma mão, e serviam de base para a escrita cuneiforme (em forma de cunha), feita com estiletes. Acarretavam dois problemas: eram difíceis de transportar e armazenar.
Os egípcios deram um passo adiante ao usar o papiro (foto acima), retirado de uma planta do rio Nilo. O que eles chamavam de livros, eram rolos presos a hastes de madeira. Foi com um acervo de papiro que surgiu a maior biblioteca da antiguidade, em Alexandria, fundado por Ptolomeu I (305-283a.C.). Os números destoam, mas ela guardaria algo entre 400 mil e 700 mil volumes.  Quando pegou fogo, no século 1 a.C., quase todo o conhecimento do mundo antigo virou cinza.
Na idade média, a tarefa de preservar os antigos livros ficou a cargo dos monges, especialmente dos beneditinos. Eles usavam couro de animais, o pergaminho – a técnica nasceu na idade de Pérgamo, hoje Bergama, na atual Turquia. Como eram caros, os monges raspavam pergaminhos para usa-los novamente, o que é conhecido como palimpsesto. Os religiosos criavam pouco. Na verdade, o trabalho dos copistas era reproduzir obras antigas. E não havia circulação. Quem quisesse ter acesso aos textos precisava perambular por monastérios. O volume de livros da humanidade á época de Dante Alighieri (1265-1321) poderia ser lido por uma pessoa ao longo de sua vida.
No renascimento, com o surgimento das primeiras universidades, a demanda por livros cresceu. Os primeiros, impressos com os tipos moveis, desenvolvidos pelo alemão Johannes Gutemberg em 1450, imitavam os pergaminhos. O livro, uma invenção que segue atual mais de 500 anos depois por causa do baixo custo e da portabilidade, ajudou a criar as línguas nacionais, popularizou a escrita, e segue mais ou menos com a mesma cara até hoje. Quem sabe quando eles darão lugar, definitivamente, aos tablets, ou tabletes?
“Eu, particularmente, espero que nem tão cedo...”.

(Fonte: Revista Aventura na História)

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