quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A COMOVENTE HISTÓRIA DE UMA SURDOCEGA QUE SE COMUNICA ATRAVÉS DO TATO


Muitas vezes a luta e a superação de algumas pessoas fazem as minhas ambições parecerem meras futilidades. Digo isso porque é simplesmente impossível não se surpreender com as conquistas de uma campeã da vida chamada Heldyeine Soares. Surdocega congênita, a garota alcançou o inimaginável ao aprender a se comunicar através do tato. E sua história nos é apresentada no seu recém-lançado livro, intitulado “Heldy Meu Nome – Rompendo as barreiras da surdocegueira”, que foi escrito pela pedagoga Ana Maria de Barros Silva; apenas mais uma que ficou impressionada com o desempenho de Heldyeine.
Quando tinha pouco mais de um ano de idade, a pequena Heldyeine se resumia em chorar e se arrastar de costas no chão, condição que lhe deixava com falhas no couro cabeludo. Sua situação era resultado da rubéola contraída pela mãe durante a gravidez. Heldyeine era tida como um caso vegetativo sem solução. Mas com o passar do tempo, a pequena mostrou que os diagnósticos estavam errados e pouco a pouco, foi aprendendo a pegar objetos, andar, alimentar-se, tomar banho, e até mesmo reconhecer pessoas e expressar emoções. E pasmem; ela faz tudo isso por meio do toque.
Atualmente Heldyeine se comunica por Libras (Língua Brasileira de Sinais) tátil, ou seja, todos os sinais são feitos com as mãos, tomando formas através de gestos que identificam coisas e pessoas. Ela aprendeu á fazer até bijuterias em sua casa. Uma verdadeira história de superação; de um ser humano que encontrou luz em sua existência escurecida.
Toda essa lição de coragem só foi possível primeiramente por conta da determinação e vontade dessa pessoa incrível chamada Heldyeine, e que também recebeu o amparo e o apoio da mãe e das irmãs mais velhas. E agora através de seu livro o mundo inteiro poderá compreender que a palavra impossível só existe no dicionário dos fracos.
Ah, e se você está se perguntando, a resposta é sim; Heldyeine está lendo os primeiros capítulos de seu próprio livro, que foram enviados á jovem em braile; existe um projeto da editora para também lança-lo nesse formato.
Eu sei, lições de vida como essa nos fazem sentir vergonha daquela última vez em que reclamamos por não ter conseguido terminar uma insignificante tarefa no prazo, ou de ter deixado escapar aquele curso de capacitação profissional, simplesmente por achar que ficava longe demais de nosso alcance.

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