segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

RESENHA DE LIVRO: O FATOR SORTE


Sempre gostei da ideia de que a vida está constantemente me colocando nos lugares certos; ora para me fornecer boas situações; outras vezes para me manter longe de problemas. A maior parte do tempo, alguns detalhes denotam isso como verídico em meu dia-dia. Mas há instantes em que me vejo em situações tão ruins, que fica complicado sustentar essa minha crença, tamanho são os empecilhos ao meu redor. O que então seria esses acontecimentos, senão algo completamente fora do meu controle? E justo eu, que adoro associar o termo “autocontrole” á minha existência.  
Olhando para o cenário inteiro de minha realidade, posso afirmar que a sorte faz sim, parte de minha vida. Contudo, ela rege através de doses pequenas e constantes. Mas por que eu nunca tive um grande momento de sorte, que pudesse mudar drasticamente a minha vida? Tipo acertar os benditos números da loteria, os quais eu persigo insistentemente á tantos anos. Obviamente, da mesma forma, talvez eu devesse me sentir imensamente satisfeito com minha situação, simplesmente porque o elevado oposto também não faz parte da minha existência, ou seja, nunca tive um azar tão catastrófico, á ponto de me lançar ao fundo do poço.
Bem, o escritor Max Gunther (autor de Os Axiomas de Zurique) vai a buscar das respostas para a questão que levantei acima, e consegue juntar todo o material coletado neste interessante livro, intitulado “O Fator Sorte”. Max procura saber por que algumas pessoas possuem mais sorte do que outras e o que podemos fazer para nos tornarmos uma delas.
A grande sacada aqui foi que o autor não se apegou á nenhum estilo, conceito ou crença. Ele apenas criou uma coletânea de materiais em estilo jornalístico, para nos apresentar casos onde esse estranho fenômeno chamado Sorte foi determinante. Reuniu histórias de gente afortunada e de outras inacreditavelmente azaradas, e dividiu o livro em temas que vão desde A Teoria de Aleatoriedade (meu capítulo favorito), passando por crendices religiosas, supersticiosas, presságios e até mesmo casos de intuição. Nos últimos capítulos, o autor faz um resumo com algumas das atitudes mais evidentes na vida das pessoas sortudas. Nessa parte vemos teorias interessantes, e nem um pouco místicas, que podem muito bem ser aplicadas em nosso cotidiano, para aumentarmos o nosso imã da boa sorte.
 Que fique claro que não se trata de um livro de autoajuda. Mas um amontoado jornalístico, que vai a busca de respostas consistentes. Sem julgar, sugerir ou favorecer qualquer dos relatos presente em seu conteúdo.
É uma leitura gostosa, de fácil compreensão e que aborda um tema que interessa á todos nós. Á menos que você tenha se convencido de que é um azarado irremediável, vale á pena conferir este intrigante livro.

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